“Foram 33km só, mas suficientes para descobrir porque a Colômbia é uma mega fábrica de ciclistas, que tem como principal nome Nairoman, ou simplesmente Nairo Quintana. Foi o dia de pedal mais pesado que já fiz na vida… ;)))) Não tem muito de falar sobre esse dia, só sentir, sofrer, sentir, sorrir e sentir… (…)”

ao Norte e para cima…

[para ouvir agora: Os Mutantes – “Ando Meio Desligado”]

30 de abril de 2018… É, esse dia não vai ser mais esquecido por mim, nem que eu pare de pedalar/viajar hoje. Depois de 20 dias em Bogotá, maravilhosamente aproveitados, estava acordando às 6h para (ainda) arrumar toda minha bagagem, colocar em #ZINEBRA e começar a viagem nela. Em 40 minutos, Victor arrumou tudo que ele já tinha deixado arrumadinho desde o dia anterior e eu, lógico que estou com muita coisa (e sempre falta algo!), fiz tudo “numa relax, numa tranquila, numa boa…” e acabamos só saímos de casa às 10h. Nem parecia que estávamos começando uma viagem de bike, ainda mais porque passamos a última vez pela Taller Colaborativo Bogotá para nos despedirmos do Maurício e arrumar o que ainda faltava.

Taller Colaborativo Bogotá, muito obrigado meu grande amigo Mauricio!!!

saindo de Bogotá…

Saímos de Bogotá pela Carrera 7ª (aquela mesmo do último post), porém era uma segunda-feira e o clima não era nada parecido com o domingo de rua aberta para pessoas. Muito caminhão, muito ônibus, muito carro e MUITO NÓS!!! Gosto bastante de pedalar em grandes centros urbanos e, apesar de não termos pego nenhuma infraestrutura cicloviária na 7ª, #Bogotá surpreende com motoristas muito bons e outros muito ruins. Confesso que não sei se estava tenso ou com a bike muito carregada, mas foi uma maravilha sair da cidade e pegar a Carretera 55, uma rodovia muito boa, duplicada e com acostamento perfeito para pedalar. Ahhhh, era tensão mesmo… Tanto que quando entramos na rodovia, paramos em um posto de gasolina para comer uns pães e frutas, depois seguimos pedalando +30km e não temos nenhuma foto desse dia de pedal! Hahahaha!!!

Paramos de pedalar às 16h apenas para não continuar no entardecer, mas tudo tem um motivo, dos bons…

Gachancipá – Ventaquemada

Dormimos em um hotelzinn na beira da estrada por $25.000,00 pesos colombianos (cerca de R$28,00) para descansarmos e sairmos cedinho no outro dia. Ainda deu para dar uma boa caminhada pela cidade e comer boas arepas. 😉

vai nevar é? hahahaha!!!

Saímos do hotel e logo no começo do pedal, a primeira montanha, MONTANHA, da Colômbia. Foram 7km subindo!!! Hahahahaha!!! Para quem estilava a Serra das Russas, até que fui bem. Lógico que paramos várias vezes, mas a primeira vez foi a melhor. Estávamos de casaco, porque estava cerca de 10ºC, mas quando você começa a subir, o suor e o calor do seu corpo fala mais alto e dá vontade de tirar a roupa toda. Nunca pensamos que ficaríamos com calor nas montanhas (filosofia de JANGA!), mas ao tirar meu casaco, que estava ensopado, parecia que estava pegando fogo… Hahahahaha!!!

Era 1º de maio, feriadinn, e tinha muita (MAS ERA MUUUUITA MERMO) gente pedalando. Quase todo mundo de speed, mas dava para ver algumas MTB e UMA FIXA (fora as “barra forte” dos ciclistas que não precisam do feriado ou fim de semana pra subir montanha! – toda minha admiração e respeito!). Me impressionou o número de MULHERES nos pelotões! E também fiquei assustado como tinha carros de apoio (na proporção quanto mais cara e menos bikes no pelotão, mais SUV era o carrão de apoio!). Mesmo assim, é lindo d+ você estar carregando uns 40kg na sua bike e ser ultrapassado por 20-30 ciclistas de uma só vez!!! ;))))))

A melhor placa do caminho… #HELLCIFERIDERS

E até Ventaquemada foi subindo, subINDO, SUBINDO!!! Dá uma olhada nesse dia de pedal… Chegando nessa cidadezinha bem legal, umas senhoras de Las Delicias Arepas nos ajudaram a encontrar um canto pra dormir e no jantar, ainda nos deu uma arepa para o desayuno (café da manhã!).

[para ouvir agora: Chico Science e Nação Zumbi – “Da Lama ao Caos”]

Ventaquemada – Tunja (a terra de Nairoman!)

Foram 33km só, mas suficientes para descobrir porque a Colômbia é uma mega fábrica de ciclistas, que tem como principal nome Nairoman, ou simplesmente Nairo Quintana. Foi o dia de pedal mais pesado que já fiz na vida… ;)))) Não tem muito de falar sobre esse dia, só sentir, sofrer, sentir, sorrir e sentir… Mas em Tunja conhecemos o Luiz, um Venezuelano que está viajando de carona e a pé, até o Peru (creio que Lima), para poder mandar uma grana para sua família. Ter esse contato e saber como está de fato a Venezuela hoje é triste e faz a gente pensar que o ser humano é phoda (faz de tudo para ajudar!) e é phoda (faz tudo para se destruir!).

Dormimos duas noites em Tunja, que é uma cidade lindona e a capital mais alta da Colômbia (2.800m – por isso foi duro o dia anterior), tem umas histórias fantásticas e é uma das cidades mais frias do país.

Boyacá, nosso 2º departamento na viagem…

Tunja – PAIPA

Esse dia merecia um post só pra ele (e deve ter!), mas vou descrever rapidinho porque nesse post vou falar mais de PAIPA do que do resto do caminho, que também foi FANTÁSTICO!

A começar pelo senhor Oscar Ortiz (ele vai ter um #históriasdebicicleta – preciso parar um tempinho para começar a relatar essas histórias para vocês), que viu a gente colocando as bagagens na bike e já foi contar suas histórias com bicicleta, no maior astral, que sempre é delicioso no comecinho de um dia frio e chuvoso…

Com 5 minutos de pedal, paramos para “esperar a chuva passar”. Quase meia hora depois, vamos na chuva mesmo. Era uma “garoa paulista”, bem menos garoa, mas com vento e a temperatura, incomodava um pouco. E é lasca, porque quando você começa a fazer força para subir, seu corpo fica quente e o casaco torna-se um vilão. Essa relação está muito louca ainda, mas a cada dia a gente aprende a hora de colocar, tirar ou só abrir o casaco! Até PAIPA era um pedal de 40km “com subidas leves” (ORTIZ, Señor Oscar). E foi mesmo, com mais de 200m de altitude a menos! 😉 Mas isso não significa ventinho na cara e só. Uma coisa é certa na Colômbia: você vai subir SEMPRE uma montanha!

Com 20km, paramos para um cafézinn e um casal (muito legais mesmo – perdão que esqueci o nome de vocês!) nos viu parando e já foi perguntando de onde éramos, de onde estávamos pedalando, pra onde íamos. Isso é bom d+!!! ;)))) Sentamos na mesa deles, nos ofereceram uma linguiça de porco maravilhosa e ainda pagaram nossas arepas e o tinto! ;)) Alguns quilômetros depois, passamos por um senhor andarilho numa subida. No final dela, também proporcionamos uma refeição para ele com algumas bananas! Isso foi mais feliz do que receber as arepas, com certeza! ;)))))

Depois foi só chegar em PAIPA nesse pedalzinn bom d+!!! Ahhhhhh, mas teve o PRIMEIRO PNEU FURADO!!! ;)))))) Isso é bom também… Ninguém é perfeito (nem #ZINEBRA – que vou te contar, que bicicleta maravilhosa!!!). Mas voltando à PAIPA: Chegar na primeira placa e FOTO! Chegar na segunda placa e FOTO! Depois tudo tinha PAIPA, PAIPA, PAIPA… Hahahaha!!! Essa cidade é maravilhosa, linda e com pessoas sensacionais!!! Vou fazer um post de PAIPA depois contando tudo. Mas aqui conseguimos um hotel baratinho (que pechinchei com o dono), deixamos as bagagens e fomos atrás das “águas tremales de PAIPA”. Fomos num clube bem popular, mas que nos levou às melhores imagens de um lugar que você pode imaginar. Voltando, parei numa bicicletaria para resolver um problema em ZINEBRA e numa venda de QUESOS PAIPA (chega deu água na boca só de digitar!). Depois hotel, café, pão com queijo PAIPA e escrever esse post (que só tive internet suficiente para upar fotos e publicar 2 dias depois! – hahahahaha!)…

PAIPA, um dos lugares mais lindos e legais do mundo…

Hahahahahaha… Foi tanto PAIPA que “cansou” né?! Mas no dia que vocês conhecerem esse lugar, vão querer ficar repetindo esse nome SEMPRE… Aproveita e deixa um comentário para seu amigo PAIPA aqui!!! ;))))))

[para ouvir agora: Di Melo – “A Vida em Seus Métodos Diz Calma”]

A viagem Colombia Ouve-se histórias Paipa #puravida bicicleta bike Bogotá cicloturismo Colombia Comidas eniopaipa.com Nairo Quintana Nairoman Paipa Tunja viagem