“Esse era o dia de pedal mais esperado por mim, que estava há exatos 50 dias sem ver o mar! Antes de chegar ao mar, uma lembrança das boas pra MÃE, (…). O caminho começava a se encher de bananas, como quem diz: “Ei sambudinn, tas chegando no Caribe!!!” E depois foi só chegar na praia…”

“Daqui pra praia, é tudo descida e plano…”

[para ouvir agora: Banda Eddie – “Falta de Sol”]

A 1ª META FOI ALCANÇADA!!! \o/////// Essa galera tá bonita d+ no APOIA.se/eniopaipa!!! Valeu d+ gente!!! ;)))))))) (agora é partir pra meta do engradado!!! Hahahahaha!!!)

Tá bom, vou começar esse post acreditando muito nisso… Hahahahaha!!! E o MELHOR é que foi quase. Pegamos apenas umas 5 montanhas “leves” nesse primeiro dia de pedal e nos outros, nem muito tempo para tirar foto a gente tinha, ERA SÓ PEDALAR na marcha pesada porque era tudo assim: ____________________________________________________________________ PLANO!!! ;))))

De Girón à La Esperanza…

Nesse dia, o psicológico também balançou: tínhamos a meta de chegar na cidade de San Alberto e depois de 3 montanhas, vi uma placa: San Alberto 57 pensei: “Fudeu!!!” Hahahaha!!! Logo na sequencia, paramos em um restaurante que atraiu a gente pelo nome: ARRECIFES. Isso que é o mais phoda de uma cicloviagem: você está acabado (física ou psicologicamente) e o caminho te diz que tu tas indo bem com lugares e pessoas extraordinárias. Continuamos pedalando e uma chuva torrencial no final da pedalada deu um clima bem diferente, porque estávamos em uma montanha, que tinha sombra, mas fazia calor. A chuva aliviava um monte o calor, mas deixava o acostamento (que quase não existia) ainda mais escorregadio. Para nossa sorte, estávamos no final da subida e a descida naquele friozinn, foi deliciosa! ;)))

De La Esperanza à Aguachica…

Em La Esperanza paramos porque já eram quase 16h e parecia 20h, por conta da chuva. Encontramos uma pousada mega barata e também mega simples, mas uma coisa chamou atenção: TINHA AR CONDICIONADO! E sabe o que isso significa: FAZ CALOR! E sabe mais ainda: SE FAZ CALOR, NÃO É MONTANHA! Estávamos há 170m de altitude, quase Recife!!! Hahahahahaha!!!

Por isso eu começava a acreditar ainda mais no “agora é tudo plano!” Maaaaas, esse pedal tinha uma, SÓ UMA, montanha, mas valia por um monte! Hahahahaha!!! Subimos, descemos e aí sim… Até o final do post vocês não vão ler subida (nem descida)… Era hora de colocar na marcha pesada e ir… ;)))))

De Aguachica à Pailitas…

Quanto mais a gente pedalava, mais tinha sol e eu ia ficando mais feliz: a praia tava chegando!!! ;))))) Quando chegamos à Pailitas, vi que estávamos 70m acima do nível do mar. Dava até pra sentir cheiro de praia (mentira!)… Hahahaha!!! Outra coisa que me alegrava era poder ter uma pedalada com um ritmo constante, como essa. Passar por um povoado que se chama La Floresta com um túnel de árvores é bem feliz também. E se tem mais alegria do que uma estrada em obra só pra gente, eu não conheço!!! ;))))))

De Pailitas à La Loma…

[para ouvir agora: MC Loma e as Gêmeas Lacração – “Envolvimento”]

ESCAMA SÓ DE PEEEEEEIXEEEEEEE!!! Uaaaaaaaaaiii!!! CEBRUTHIUS!!!! Como não colocar essa música?! Hahahahaha!!! E foi massa chegar nesse lugar porque o caminho não tinha nada, além de uma estrada sem muito acostamento e uns pneuzinn furados. ;))))) Ahhhhh, nesse dia que a gente fazia esse pedal, o Brasil estava parado por conta da paralisação dos caminhoneiros. E como falei lá em cima, o caminho sempre traz coisas boas. Passamos por uma mina de carvão e vimos esse trem que carrega mais de 100.000 toneladas com 3 locomotivas e 200 vagões (que não dava para ver nem o começo nem o fim). Bom, nem vou entrar nessa de que somos dependentes de carros/caminhões, que a indústria automobilística é isso ou que precisamos de ferrovias (novamente), mas vale refletir um tanto.

De La Loma à Bosconia…

Pense num outro dia de pedal que não teve nada diferente. Ahhhhh, teve sim! Quando saímos de La Loma, era um dia de etapa de montanha no Giro D’Italia (eitaaaaa! falei de montanha… mas na bike dos outros é refresco!!! hahahaha!!!), e o então líder Simon Yates começava a ficar pra trás na primeira subida. Na última parada que fizemos nesse dia, estava louco para saber como estava a etapa e pra isso que servem os amigos: Maria Escorel e Kevin Bacon Grisi, do melhor e mais amado time de ciclismo do mundo de Recife, o Hellcifix Team, narraram/transmitiram em tempo real, por WhatsApp, a vitória fantástica de Chris Froome (o maior monstro do ciclismo que consegui ver!).

De Bosconia à Tucurinca…

Inicialmente, nossa ideia era ficar em Bosconia duas noites porque no sábado tinha a “última” etapa do Giro e de tarde a final da Champions League. Eu queria saber se Froome ganhava e Victor queria ver o jogo de futebol. Mas Bosconia não é uma cidade, não é um povoado, não é nada. Hahahahaha!!! Explico: esse povoado é apenas uma ESQUINA! É o cruzamento de duas estradas importantes (Carretera 45 x Carretera 80) e é o lugar mais poluído que já estive na vida: muita fuligem e poeira por conta de carros, caminhões e ônibus; muita luz por conta dos comércios que beiram as estradas; e muito barulho por conta das caixas de som nas alturas que tem em TODOS os estabelecimentos comerciais do lugar. Pense numa Índia muito louca. Pensou? Esse lugar é Bosconia. Mas nem tudo é só tristeza. Aqui foi onde começamos a ver os bicitáxis de novo! ;)))))

Passamos só uma noite nesse agito e seguimos nesse pedal massa! E esse dia foi marcante porque eu alcançava +1000km pedalados na viagem! Victor tinha pedalado numas montanhas na época de Bucaramanga e já tinha alcançado essa marca, mas não tinha conseguido registrar porque fez a maior loucura do mundo: iniciou o strava em Bogotá e a meta era parar, em uma única atividade, só em Cartagena. Mas o strava dele deu ruim (como o de todo mundo na vida!) e ele teve que pegar meus GPX. :PPPP

Em Tucurinca não tinha nada também. Mas ficamos lá porque tinha uma chuva que vinha da Sierra Nevada que fez a cidade perder energia por umas duas horas, exatamente no horário do 2º tempo do jogo! Hahahahaha!!! E o melhor: como é frequente a queda de energia nesse povoado, a pousada que estávamos tinha gerador e o Senhor Carlos, que também tava louco para ver a partida, só ligou a energia auxiliar umas duas horas depois do apito final. Hahahahahaha!!!

De Tucurinca à Santa Marta [a praia!]…

[para ouvir agora: Academia da Berlinda – “Cumbia da Praia”]

Esse era o dia de pedal mais esperado por mim, que estava há exatos 50 dias sem ver o mar! :O (eu não estava contando, até o dia anterior!) Antes de chegar ao mar, uma lembrança das boas pra MÃE, que é devota de Santa Rita de Cássia: passamos por um povoado (que nem sei o nome) e ela era sua padroeira.

O caminho começava a se encher de bananas, como quem diz: “Ei sambudinn, tas chegando no Caribe (que não é só aquele pior chocolate da caixa)!!!” E depois foi só chegar na praia…

Uhuuuuuuuuuu!!! Que banho bom da gota serena!!! ;)))))) Mas vou falar sobre as águas transparentes e calientes do Caribe Colombiano no próximo post… Agora tu aproveita e deixa aqui um comentário e divulga também o BLOG mais legal em linha reta E PLANA do mundo da América Latina de Recife de JANGA!!! ;)))))))))

[para ouvir agora: Nação Zumbi – “A Melhor Hora da Praia”]

é tudo nosso!!! #puravida

 

Essa viagem está sendo apoiada por Bruno, Vitor, Luciana, Marcella, Tarcísio, Flávio, Marcos, Karine, Juliana, PAI, MÃE, Eliete, Vinícius, Mariana, Ilana, Lucas, Maria, Patrícia e Juliana no  APOIA.se/eniopaipa.

A viagem APOIA.se/eniopaipa Colombia #puravida APOIA.se/eniopaipa bicicleta bike cicloturismo Colombia viagem