“(…) À tarde, quando voltei, já me mandaram para um 2º andar e quando percebi: ESTAVA PRESO! Hahahahahaha!!! Sério!!! Fui colocado numa “cela coletiva” com mais umas 5 pessoas. Era um lugar bem legal, com umas cadeiras, uns colchonetes, banheiro etc, mas eu tava me sentindo Lula, sabe?! #EnioLivre Tava bem tranquilo (…)”

A saga da Colômbia está acabando aqui, mas a galera que apoia financeiramente essa viagem já tá sabendo disso há uns 5 meses já!!! Hahahaha!!! Apoie também: APOIA.se/eniopaipa ;)))

Pasto…

[para ouvir e ir por aí: Chico Science & Nação Zumbi – “Passeio no Mundo Livre”]

Chegar em Pasto foi outra sensação incrível pra mim, pois desde antes de sair de Bogotá, já sabia que haveria uma casa me esperando nessa cidade. Tudo isso culpa da minha amigona Kasia (Polônia), que marcou um montão de gente incrível que havia hospedado ela e Ruben (Espanha) na viagem que eles fizeram de bike pela América do Sul há 3 anos (se quiser praticar teu polonês, lê aí as histórias deles!!! – hahahaha!!!).. Era a casa da nossa amiga Dorys, mãe de cicloturista, que tu já sabe como tratou a gente né?! A primeira regra: “FIQUEM AQUI O TEMPO NECESSÁRIO!” ;)))) Poderia até parar por aqui esse texto, mas vou contar mais coisas… Hahahaha!!!

Faltavam uns dias para o aniversário de Chepe (El Salvador) e seria incrível fazermos uma festa com umas cervejas, umas comidas e uma casa com uma família incrível. Eu também precisava ir ao posto da migração colombiana, já que estava cerca de 2 meses ilegal no país. Tudo parecia perfeito E FOI! ;))) A casa de Dorys tinha um terraço massa que ela construiu só pra receber a galera, com espaço para as bicicletas, pra gente e um chuveiro quente, um verdadeiro WarmShowers – que trocadilho, hein?! Além disso tudo que a gente precisava e tinha, eu queria fazer uma boa manutenção em ZINEBRA e, principalmente, trocar a tração, por uma que fosse mais leve, haja visto que ainda teria muita cordilheira para subir e descer. Chepe e Lucia (Argentina) também precisavam fazer coisinhas poucas em suas bicicletas, porque o Trampolim lascou tudo que tava mais ou menos! ;))

Em, mais ou menos, 1km de raio a gente tinha: bicicletaria, vendinha com comida (E CERVEJAS!), uma praça (na frente da casa!), semáforo (pra Lucy trabalhar), uma ladeira das mais duras do mundo (vê a inclinação no km 10,2 desse pedal!) e até um shopping (pra gente não ir!)…

Mas é lógico que a gente não se limitou a esse quilômetro incrível: Pasto é uma cidade muito legal e tem um centro colonial beeeeem bonitão. Nas andanças para ir à migração, fui conhecer também o mercado público central, onde se vendia o melhor Caldo de Pata da Colômbia – e ainda era suuuuuper barato = COP2.500 (R$3,00)! E lógico que nessas mesas coletivas de mercado público tu encontra uns personagens loucos, até por isso, eu voltei pra almoçar no mercados +2 dias… Hahahahaha!!!

Magda, amiga/sócia de Dorys, um dia nos recebeu no escritório de advocacia delas e depois nos acompanhou até um das dezenas de museu que tem na cidade. Confesso que não sou muito de museu, mas esse era bem legal – pena que a gente não pode visitar por completo porque já estava fechando, porém ainda rolou uma mega aula de cultura indígena com uma instrutora do museu que gentilmente, além do seu horário, fez questão de nos informar tudo com muito sorriso e amor. Ainda tentamos doar sangue num posto móvel que estava na praça, mas também não podemos. Na verdade, Magda que ia doar, mas (não me lembro bem) por conta de uma medicação que havia tomado não poderia. A gente aproveitou pra tomar aquele MATECITO nos banquinhos do “hemope” e receber uma aula de Magda sobre o papel de Pasto na época da “libertação espanhola” da Colômbia…

Eu e a Migração…

[para ouvir e ficar legal: Gilberto Gil – “Is This Love”]

Minha saga para legalização da minha situação na Colômbia começou bem. O posta da migração era fácil de chegar e Chepe foi comigo, tornando mais fácil a função prender a bicicleta. E quando cheguei no posto fui super bem atendido por uma senhora com aquele carisma tradicional dos colombianos. O bom é que eu parecia saber mais dos processos para minha legalização do que ela, mesmo assim, a senhora era fantástica.

No guichê ao lado, um menino e uma menina, e pelo papo, com o mesmo problema que eu. Eram Bruno e Ivonne (México), que viajavam de busão desde Cartagena e iam conhecendo a fauna, flora e costumes por onde passavam, além de darem aulas de biologia para crianças. Muito foda esses dois e durou assim, uns 30s pra gente ser bem amigos! ;)))) Como já era perto da hora do almoço, a galera da migração ficou com meu passaporte (#medo) e pediu para regressar às 14h e dar continuidade no processo. Já na rua, apresentei eles a Chepe e eles me apresentaram a amiga que estava hospedando eles. Perguntamos sobre o mercado e a amiga foi categórica dizendo para não irmos que era perigoso e se fossemos com as bikes íamos regressar a pé… Hahahaha! Disso eu (nem Chepe!) não tava com medo nenhum e só deu mais fome! Hahahahaha!!!

À tarde, quando voltei, já me mandaram para um 2º andar e quando percebi: ESTAVA PRESO! Hahahahahaha!!! Sério!!! Fui colocado numa “cela coletiva” com mais umas 5 pessoas. Era um lugar bem legal, com umas cadeiras, uns colchonetes, banheiro etc, mas eu tava me sentindo Lula, sabe?! #EnioLivre Tava bem tranquilo, pois em Medellín (quando descobri que estava ilegal) fui informado que era sussa estar na minha condição, desde que não fizesse nenhuma merda, era só pagar uma multa e sair legal. As outras pessoas, pelo que entendi nas prosas, tinham cometido pequenos delitos na rua e, como são estrangeiros, a polícia leva para migração cuidar dos trâmites legais. Uns 40 minutos depois de ser preso, ingressou na cela um senhor e chamou 4 pessoas para assinarem uns termos. E eu só de olho, porque as outras duas pessoas que restavam era eu e um africano (subentendo eu, porque falava e ouvia uns áudios no whatsapp em uma língua incompreensível). Depois que os outros assinaram, o senhor veio até minha pessoa, perguntando se eu era o Brasileiro. Me disse que meu documento não iria ficar pronto nesse dia, que eu tinha duas opções: dormir ali até o outro dia ou ir para um hotel e regressar às 9h. Hahahaha, lógico que agarrei meu passaporte e “fugi”! Saí de lá rindo da situação louca.

No outro dia, às 9h lá estava eu! Subindo as escadas para o 4º andar, encontro Ivonne com um sorriso incrível me dizendo que haviam dispensado ela e Bruno da multa de COP58.000 (R$62,00). Bruno acabou de assinar os papéis e fui chamado: também haviam me dispensado da multa!!! A primeira coisa que pensei: VOU COMPRAR TUDO DE CERVEJA NO ANIVERSÁRIO DE CHEPE!!! ;))))) Depois descemos os 3 bem felizes. Trocamos os contatos de whatsapp e seguimos cada um pra sua casa! ;)))

El Cumple de Chepe!

[para ouvir e bater palma: Elvis Presley – “Suspicious Mind”]

Quem me conhece sabe que eu não gosto de festa de aniversário pra mim, MAS GOSTO DE FESTA!!! Hahahahaha!!! E com a boa nova da migração, já havia $$ para umas cervejas… ;)))) E o astral na casa de Dorys era tão incrível que prometi fazer brigadeiro para ser a sobremesa das pupusas (comida típica de El Salvador) que Chepe prometeu fazer. Lucy também prometeu um bolo de banana vegano e umas cervejas. Tava feita a festança!!!

Chepe começou os preparativos das pupusas no dia anterior. E no dia anterior mermo a gente já começou a comemorar com umas brejas. O bom foi a gente “com vergonha” de perguntar a Dorys se podíamos comprar umas cervejas pro aniversário e ela respondendo: “Nós gostamos de cervejas também!” Que phoooodaaaaa!!! ;)))))

Mas chegou o dia e tinha todas as promessas na mesa, com Elvis rolando adoidado no som e a gente se deliciando com aquele banquete digno de um FELIZ ANIVERSÁRIO!!! Eu e Dorys ainda mandamos um alow para Kasia, Ruben e Ada num vídeo cheio de amor e carinho por esses 3!!! ;)))))

Um até logo Pasto…

Dorys e Magda são daquelas pessoas fantásticas que tu um dia quer reencontrar para desfrutar de outros bons momentos juntos. Então depois de um dia de repouso para o corpo (na real, pro fígado!), ainda fomos encontrar a amiga Andrea, que tinha ficado responsável por receber minhas CALCO MANIAS (adesivos) que meu amigo Camilo me enviou de Manizales. ;)))) Ainda fomos até um pub para tomar um tradicional hervido de maracuyá, uma espécie de cachaça com frutas que vem beeeeeem quente!

07/set, arrumamos os alforjes nas bicicletas e eu ainda “atrasei” uns bons 15 minutos para ligar pra minha irmã Juliana e desejar feliz cumpleaños pra ela e aproveitar pra falar com geral de casa e informar que a fronteira tava perto!!! \o////////

A saída de Pasto foi meio caótica, devido ao tráfego beeeem intenso às 9h30, mas quando pegamos a estrada de fato, a coisa ficou mais tranquila e mais inclinada! Hahahahaha!!! Colômbia, né?! Não pode faltar umas subidinhas das boas… Apesar de tudo, esse pedal foi bem tranquilo.

Até a fronteira…

[para ouvir e pedalar: Academia da Berlinda – “Pedalando”]

Ia escrever um monte de coisas sobre essa sensação louca de estar perto de uma fronteira entre países.. E por mais que a gente fale “O MUNDO NÃO TEM FRONTEIRAS”, as fronteiras tem uma coisa esquisita de boa e ruim (mais boa do que ruim!)… ;))) Vê esse vídeo do caminho feito em 2 dias (nesse pedal e nesse pedal!), comenta nesse post e espera aí as próximas prosas sobre o ECUADOR, que é uma Colômbia pequenininha… ;)))))))

[para ouvir sem fronteiras: O Rappa – “Fronteira”]

é tudo nosso!!! #puravida

Essa viagem está sendo apoiada por Bruno, Vitor, Luciana, Marcella, Tarcísio, Flávio, Marcos, Karine, Juliana, PAI, MÃE, Eliete, Vinícius, Mariana, Ilana, Lucas, Maria, Patrícia, Juliana, Javert, Marina, Luciana, Pedro, Heberton, Vick, Ivan, Erica, Renata, JP, Gabriel e Lucas, Damião, Tia Bil, Elisabete, Monique, Almir, Maurício, Rafael, Patrícia, Felippe, Mariana, Evelyn, Gonçalo, Anderson e Mario no APOIA.se/eniopaipa.

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